E se os nós não devessem ser atados
Se as palavras devessem ser faladas
Que se desatem os nós
Que não se cale a voz
E se na mente não houvesse pensamentos
Se contra fatos houvesse argumentos
Que se acabe a memória
Que cessem os lamentos
Se as fotos não fossem apenas imagens
E se Beethoven tivesse audição
Que não se tapem os ouvidos
Que se desvele a visão
E se o mundo não existisse
Se nada fosse real
Que se mostre a verdade
Que nada permaneça igual
E se todo mundo gritasse
Se não houvesse segredos
Que morra a discrição
Que sejam dissipados os medos
E se a felicidade fosse feita de vento
Se o amor fosse feito de papel
Que venham os tornados
Que chova confete do céu...
Comentário: As aulas de Psicologia Social e Atuação clínica deram impulso à minha imaginação (mérito da caríssima profª Thaís Goldstein) . Fiquei a pensar: e se além dos poetas todos pudessem dizer o que sentem...então que a palavra seja um brinquedo, um objeto que nos permita caminhar entre a realidade concreta e a realidade subjetiva.
(Postado por Ivonéa)
Um comentário:
Precisamos desatar os nós e viver uma nova realidade com liberdade, se distanciando dos impedimentos que tem o poder de controlar o homen e calar a voz.
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