16 agosto 2010

E se...então que...

E se os nós não devessem ser atados

Se as palavras devessem ser faladas

Que se desatem os nós

Que não se cale a voz

E se na mente não houvesse pensamentos

Se contra fatos houvesse argumentos

Que se acabe a memória

Que cessem os lamentos

Se as fotos não fossem apenas imagens

E se Beethoven tivesse audição

Que não se tapem os ouvidos

Que se desvele a visão

E se o mundo não existisse

Se nada fosse real

Que se mostre a verdade

Que nada permaneça igual

E se todo mundo gritasse

Se não houvesse segredos

Que morra a discrição

Que sejam dissipados os medos

E se a felicidade fosse feita de vento

Se o amor fosse feito de papel

Que venham os tornados

Que chova confete do céu...

Comentário: As aulas de Psicologia Social e Atuação clínica deram impulso à minha imaginação (mérito da caríssima profª Thaís Goldstein) . Fiquei a pensar: e se além dos poetas todos pudessem dizer o que sentem...então que a palavra seja um brinquedo, um objeto que nos permita caminhar entre a realidade concreta e a realidade subjetiva.

(Postado por Ivonéa)

Um comentário:

Anônimo disse...

Precisamos desatar os nós e viver uma nova realidade com liberdade, se distanciando dos impedimentos que tem o poder de controlar o homen e calar a voz.

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